![](https://static.wixstatic.com/media/8f6322_0b79f764281e421da23845245e641b52~mv2.jpg/v1/fill/w_980,h_653,al_c,q_85,usm_0.66_1.00_0.01,enc_avif,quality_auto/8f6322_0b79f764281e421da23845245e641b52~mv2.jpg)
A dirofilariose (também chamada popularmente de doença do verme do coração) é uma zoonose (doença que pode ser transmitida aos seres humanos pelos animais) endêmica no Brasil, causada por um parasita (Dirofilaria immitis). Sua ocorrência está intimamente ligada à presença de mosquitos vetores, condições climáticas favoráveis, assim como trânsito entre regiões mais prevalentes, como em regiões litorâneas.
Devido às grandes alterações ambientais provocadas pelo homem nos últimos tempos, com grande impacto sobre as condições climáticas e o deslocamento de animais silvestres para fora de seu habitat natural, acredita- se que haja um maior potencial de transmissão da doença.
A doença do verme do coração é transmitida por um mosquito infectado com o parasita Dirofilaria immitis, um verme que se aloja no coração e nas artérias pulmonares dos seus hospedeiros naturais e reservatórios principais que são os mamíferos, a saber os canídeos, tanto domésticos como silvestres, gatos, leões marinhos, furões e o homem. Dentre outros hospedeiros, que são considerados pouco usuais, estão à lontra, tigre, jaguar, leopardo, foca, castor, equino, panda vermelho, primatas e coelhos. A dirofilariose canina é a principal cardiopatia parasitária em cães.
No Brasil 8% dos animais possuem o verme causador da dirofilariose. Dentre os sinais clínicos apresentados pelos animais estão a febre, prurido (coceira), aparecimento de nódulos cutâneos, dispnéia (dificuldade respiratória ao exercício), fadiga, síncope (desmaios), tosse, perda de peso e até convulsão. Existem, também, animais assintomáticos. No cão, a doença causa distúrbios circulatórios podendo levar a morte do animal. Os sinais clínicos variam conforme a carga parasitária, duração da infecção e a imunidade do hospedeiro.
O método mais eficaz de prevenção é a vermifugação mensal de cães e gatos, para evitar a propagação da doença, inclusive em humanos. O uso de vermífugos que contenham a ivermectina e a associação de ivermectina com pamoato de pirantel administrados por via oral, mensalmente, são altamente eficazes.
A realização de radiografias torácicas, o ecocardiograma e exames de sangue ajudam no diagnóstico. O tratamento desta doença é complexo e dispendioso, mas em contrapartida a prevenção é relativamente simples. O tratamento adequado para o seu pet deve ser feito por um médico veterinário. Conte com a Rede Animale para te auxiliar!
# Cuidar é animal
Gabriela Lindemayer
Médica Veterinária
Comentários