![](https://static.wixstatic.com/media/8f6322_b20c52c1f4924885a499f263a9d5a487~mv2.jpeg/v1/fill/w_980,h_1282,al_c,q_85,usm_0.66_1.00_0.01,enc_avif,quality_auto/8f6322_b20c52c1f4924885a499f263a9d5a487~mv2.jpeg)
Para os amantes de gatos, também conhecidos como gateiros, o dia do gato é todo dia e se torna uma adoração após conhecer a espécie. Diversas vezes como especializada em gatos, ouço em consultas: “eu nunca tinha lidado com a espécie, eu tinha uma sensação que eram egoístas” e “após conviver com eles mudou minha forma de pensar”. Pois é bem isso, o preconceito com a espécie é histórico e vem há décadas se perpetuando.
Mas, qual o motivo da escolha dessa data para comemorar?
Os gatos são tão únicos que há várias datas no ano dedicadas a eles: em 17 de fevereiro é celebrado o Dia Mundial do Gato; em 4 de junho, o Dia de Abraçar Seu Gato; o Dia Nacional do Gato é comemorado em 29 de outubro nos Estados Unidos, e lá também 17 de novembro é o Dia Nacional do Gato Preto.
Em 8 de agosto é celebrado o Dia Internacional do Gato, criado em 2002 pela International Fund For Animal Welfare (Fundação Internacional para o Bem-Estar Animal). Esta data foi criada com o objetivo de ajudar a promover uma campanha contra os maus tratos aos gatos e se espalhou por todo mundo.
O gato doméstico (Felis catus) é um carnívoro estrito que foi adorado e odiado por muitos anos. No antigo Egito os gatos eram adorados como deuses, como Deusa Pasht (deusa da Lua) e Deusa Bast (que representa o sol). Quando os gatos morriam, eram mumificados e seus donos mostravam seus sentimentos, raspando as sobrancelhas em sinal de luto. Nessa época eles eram associados à fertilidade e liberdade.
Na Idade Média, os gatos enfrentariam seus piores tempos. Surgiu um culto a uma deusa pagã (Freya) envolvendo gatos. Período histórico muito associado à bruxaria, maus presságios e, até os dias atuais, carrega um preconceito histórico sobre a espécie.
A parte boa é que os gatos, espertos e bons caçadores foram tomando seu espaço único no mundo, ajudando no controle de pragas (principalmente associado a estoques de alimento para a população) e controle de doenças.
Em 1963 a gata Félicette (Felicidade), tornou-se o único felino que até hoje foi ao espaço, retornou à terra viva e foi recuperada em segurança, mas seu martírio não foi reconhecido.
Gatos são idolatrados por diversos famosos. Para quem gosta de Rock and roll, Freddie Mercury era tão apaixonado pelos seus gatos que fez uma música para sua gata “Delilah” e, inclusive dedicou um álbum aos seus gatos: “Ao meu gato Jerry e também a Tom, Oscar e Tiffany, e a todos os amantes de gatos do universo, e que se lixem todos os outros!”
Nada na vida de um gateiro tem tanto valor quanto um “amassar de pãozinho”, um romrom, ser a pessoa escolhida da casa para dar um colo, dar um carinho, receber uma esfregadinha. Se você não pode ter gatos, ajude pessoas que possam auxiliar os gatinhos de rua a ter um lar.
Já é sabido, por diversos estudos, que ter um animal de estimação regula o estresse, melhora a saúde cardiovascular, acalma a mente e oferece uma oportunidade genuína de expressar afeição e ser cativado.
E, assim, o gato acabou tomando nossas casas, nossas vidas e nossos corações. Os gatos são companheiros, independentes, carinhosos, extremamente higiênicos, inteligentes e amam uma brincadeira.
Atualmente existem pessoas comprometidas em resgatar animais e doar, mostrando o quão especial é essa espécie única. Existem no Brasil especializações para quem quer trabalhar apenas com a espécie, assim como mestrado e doutorado focados em áreas para felinos.
“O tempo gasto com gatos nunca é um desperdício de tempo.” – Sigmund Freud – Feliz dia internacional do gato aos tutores amantes de gatos e a essa espécie maravilhosa!
E, por serem tão especiais, me dediquei a estudá-los para prestar um atendimento especializado e mais assertivo aos nossos amados bigodinhos, inclusive aqui na Rede Animale.
Marque uma consulta conosco!
Elissandra da Silveira [1]
Médica Veterinária especializada em gatos
#CuidarÉAnimal
[1] Doutoranda, mestre em Ciências Veterinárias com ênfase em Medicina de Felinos (2019) e Bacharel em Medicina Veterinária pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2013). Tem experiência (profissional, acadêmica e científica) na área de animais de companhia, especialmente na especialidade de dermatologia e medicina de felinos. Na área clínica conta com experiência em atendimentos especializados, cirurgia e anestesia de pequenos animais, bem como, frequentou o Programa de Pós Graduação, Residência Multiprofissional da Universidade Luterana do Brasil e da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
Comments